quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Medo. Pavor. PÂNICO!

Vocês vão ficar sabendo mais agora sobre o meu maior medo. Maior pânico.

" Claustrofobia. É o nome dado à uma doença que causa pânico às pessoas quando elas se encontram em lugares fechados "

Sim. A tal da claustrofobia. Um medo que me persegue desde pequeno. É algo terrível que só sabe quem realmente tem. É horrível tremer o corpo todo e suar frio todas as vezes que entro em um elevador ou me encontro em um lugar muito cheio de pessoas. Não gosto. Tenho medo.
Na minha cidade, no mês de julho, tem uma festa típica que acontece todos os anos e que costuma lotar de pessoas. Foi lá mesmo uma das inúmeras vezes em que passei mal, mas uma das poucas em que quase desmaiei. Fui andando com um primo meu, e derrepente me encontrava cercado por barraquinhas e muita gente. Muita gente! Tudo rodou. A visão escureceu. A respiração acelerou. O coração começou a bater mais forte. Eu estava fora de controle! Apenas cutuquei meu primo no meio da multidão e implorei: " Me tira daqui, que eu já estou passando mal". Com muito custo sai do meio da multidão já ofegante. Me reestruturei, mas permaneci traumatizado por alguns minutos.

Se eu parar um segundo e me imaginar acordando dentro de um caixão debaixo da terra, eu ja começo a me contorcer todo e a quase chorar. Isso é o pânico, amigos. Só de escrever esse trecho já estou todo incomodado e com o coração na garganta. Ao ver aquelas cenas de filmes, em que trancam pessoas em locais fechados e escuros eu já passo mal e mudo de canal na hora. Não do conta. Não é para mim.

De onde vem esse medo eu não sei. Seria de gerações passadas? Coisa de genética? Talvez. Talvez não. Me enrole em uma coberta, me tranque em um guarda roupa ou um lugar apertado, ou me passe sensações dessas situações e passem a conhecer o meu estilo de instinto de sobrevivência. Sei la, eu passo a adquirir uma força brutal. Um desespero. Uma agonia. O ar começa a faltar, a fala começa a sumir. Aos poucos, o corpo que estava em constante movimento da adrenalina e da vontade de sair daquela situação simplesmente para. Para de se mover aos poucos. A respiração volta ao normal, mas a tontura começa. O medo é tamanho que escrever sobre tal assunto está sendo uma tortura para mim. Já passei por isso. Sim, essas brincadeiras de crianças, de prender o outro debaixo de almofadas e cobertas. Meu Deus, não há nada pior. Se me ameaçar já caio no choro e quero logo a minha mãe, (risos).

Medo. Talvez seja esse o fundamento. O instinto de sobrevivência. Aquilo que nos motiva a nao querer perder a vida. Morrer! Medo. Cada um tem o seu. Existe até mesmo quem tem medo de ter medo. Eu nunca zombo o medo de alguem, ou o desafio. Eu sei bem o que é passar por isso e eu peço à voces que nunca provoquem o pavor nas pessoas atraves daquilo que elas mais se apavoram. Enfim. É isso. Ficaram conhecendo um pouco sobre meu maior medo, minha maior angústia. Talvez a única coisa capaz de me tirar do meu centro. Me tirar o chão.